Scolarismo

A última quinta-feira, dia 26 de julho, foi um dia tipicamente palestrino. Um retrato fiel do comportamento, da paixão e da bipolaridade do torcedor palmeirense, que sabe ser brasileiro acrescido de sangue genuinamente italiano.
Nas suas primeiras horas, ainda durante a madrugada e período matutino, a demissão de Roger Machado suscitou sentimentos de inconformismo, revolta e desânimo. Falta de planejamento, diretoria desnorteada e um 'deja vu' do ano passado, onde as constantes mudanças de técnico nos fizeram perder campeonatos para equipes com elenco e investimentos inferiores aos nossos, tais como Ponte Preta (Paulistão) e Barcelona/EQU (Libertadores). Cenário sombrio, a uma semana do início dos jogos eliminatórios pela Copa do Brasil e Libertadores.
Durante a tarde, vieram os boatos da possível chegada de Luis Filipe Scolari, fato confirmado na mesma noite, desencadeando uma onda de esperança, euforia e certeza de conquistas. Saudosismo, lembranças de um recente passado glorioso e um técnico copeiro, experiente e identificado com o clube. Ah Palmeiras, você continua cometendo erros encolerizantes, mas obrigado por fazer me sentir tão palmeirense neste dia. Glória e abismo. Ídolo e vilão. Indignação e entusiasmo. Palavras quase sinônimas no dicionário de um torcedor do Palmeiras.
Analisando racionalmente, Felipão dispensa apresentação e não precisa de um advogado de defesa. Seu currículo e conquistas, inclusive recentes, falam por si mesmo. Apenas para citar, é o técnico brasileiro com mais títulos no presente século, quatorze, e o último a trazer a tão sonhada taça da Copa do Mundo para a casa do país do futebol, o penta em 2002. Em relação a Sociedade Esportiva Palmeiras, o bigode, como é carinhosamente chamado por parte da torcida alviverde, ocupa a segunda posição entre os treinadores que mais dirigiram o clube mais vitorioso do Brasil (408 jogos). Campeão da Copa do Brasil (1998 e 2012), da Mercosul (1998), da Libertadores 1999, Torneio Rio São Paulo (2000) e Copa dos Campeões (2000), triunfos que o colocam entre os maiores técnicos da história do clube, ao lado de Oswaldo Brandão e Vanderlei Luxemburgo.
Se esta sua terceira passagem terá êxito, somente o tempo dirá. De concreto, pode-se afirmar que a Família Scolari está de volta, que vontade e garra sobrarão em campo e que as entrevistas ora cômicas, ora esbravejantes, mas sempre muito sinceras do mestre regressaram para desespero da imprensa nacional. Aliás, o jornalismo tupiniquim está inconformado com o retorno e a oportunidade dada ao "ultrapassado técnico do 7 a 1" de dirigir o estrelado e potencial elenco do Palmeiras.
Ótimo sinal! O Bi da América germinou! Avanti Palestra!

Comentários

  1. Felipão teve sucesso no passado. Hoje, a realidade é outra, a geração de jogadores é outra, e creio que não estão preparados para lidar com a frustração do banco de reservas ou um "puxam" de orelhas. Mas, como o ilustre blogueiro disse: somente o tempo dirá!!!!

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    1. O melindre dos jogadores e a constante presença de empresários realmente mudou bastante o cenário do futebol. A favor de Felipão está o fato de que já gerenciou uma constelação de craques na época da Parmalat. Aguardemos. Obrigado pela interação. Abraço

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  2. Felipão continua vencedor. Bateu diversos técnicos totid como atualizados na China. Um deles foi o Mano Menezes, que bateu e voltou da China sem sucesso. A esperança renasceu. Avanti, Palmeiras!!!

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