Diário de um Palmeirense

Confiança. Cobrança. Sofrimento. Alívio. Tensão. Explosão. Murmuração. Festa.
Essa gangorra insana e fusão improvável de sentimentos descreve a mente de um palmeirense comum durante um jogo decisivo de seu time de coração. Não foi diferente nos 180 minutos disputados contra o Santos pela semifinal do Paulista no Pacaembu.
Alguns questionamentos sobre a equipe e o comportamento do nosso torcedor.
Não jogamos nosso melhor futebol, é verdade, mas o time também não merece tantas críticas. Concordo com Roger: dominamos três dos quatro tempos da semifinal. A equipe da baixada foi superior apenas no segundo tempo do primeiro jogo, quando o monstro e paredão Jailson nos relembrou porque também somos conhecidos pela nossa academia de goleiros. Normal, temos três excelentes goleiros exatamente para fazerem a diferença em jogos decisivos. Azar de quem não os tem.
Nos demais tempos, inclusive no jogo todo de ontem, o Palmeiras foi superior, técnica e taticamente. Controlou a posse de bola, criou oportunidades, impôs seu jogo, não jogou com o resultado debaixo dos braços (isso sim seria correr riscos e motivo de críticas). Os santistas tiveram a felicidade (sorte) de acharem dois gols, nas únicas oportunidades que tiveram na partida, e complicaram um jogo, teoricamente, controlado, em que não precisaríamos sofrer tanto. Mas... faz parte do futebol, é clássico, é semifinal de campeonato. Aliás, quem disse que seria fácil? Nos últimos quatro anos, tivemos quatro confrontos em finais (2) e semifinais (2) de Campeonato Paulista contra o Santos, todos decididos nas penalidades, com duas vitórias para cada lado. Mesmo com um elenco muito mais qualificado, não dá para atropelar todo mundo. O Santos não é o Novorizontino.
Um ponto muito positivo é que, diferentemente do ano passado, estamos sabendo sofrer e vencer em momentos decisivos. É importante o torcedor palmeirense entender que ter o melhor time do Brasil, ter feito um alto investimento, não é garantia de títulos. Futebol não é matemática. Tem muitos outros fatores: emocional, físico, tático, fatores externos e até mesmo o imponderável. O que temos que comemorar é que nosso time tem condições de brigar para ser campeão em todas os campeonatos. O primeiro deles, já atingimos esse objetivo. Disputaremos o título. Agora é buscar a taça!
Tenho uma teoria de que um time qualificado e/ou de tradição (nos encaixamos em ambos critérios), tende a mostrar sua força numa final de campeonato. Vide o limitado mas copeiro Grêmio, campeão da Libertadores no ano passado. A motivação e a concentração são a máxima possível. Cada jogador tende a dar o seu melhor e mais um pouco. Neste cenário, nossa chance de conquista aumenta muito.
Para o título, além do rival que conheceremos na noite de hoje, vejo a questão física como um fator relevante, já que estaremos intercalando as finais com dois jogos decisivos pela Libertadores da América. Pode pesar, porém, temos elenco!
Sou mais Palmeiras, confio no trabalho realizado e continuarei dando meu apoio incondicional!
Avanti Palestra!

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