Sempre Pioneiro!

#GloboRespeiteOPalmeiras
Com essa hashtag a torcida do Palmeiras atingiu o primeiro lugar no Top Trendings Mundial do Twitter na última quarta-feira durante a transmissão em TV aberta pela Rede Globo da goleada alviverde de 5 a 0 sobre o Novorizontino, sacramentando a classificação para as semifinais do Paulistão. Um recado nítido: o entrave Palmeiras e Rede Globo é oficial.
O estopim foi a fracassada negociação pelos direitos de transmissão dos jogos do Palmeiras, a partir de 2019, em TV aberta. A Globo ofereceu os valores, já baixos quando comparados a Flamengo e o SCCP, adicionados de uma cláusula de redução de 20% devido ao contrato previamente acertado com o rival Esporte Interativo para transmissão em TV fechada.
O fato é que, há anos, décadas, a Globo objetiva a espanholização do futebol brasileiro, pagando valores insustentavelmente maiores (superior a 70%) para Flamengo e SCCP, em detrimento de outros grandes clubes do Brasil. Manter os times de maior torcida conquistando títulos frequentemente parece, segundo a estratégia adotada, ser o segredo para manter a audiência, os lucros e o monopólio do esporte.
O SCCP, que até a década de 90 era apenas um clube de massa, raça e conquistas estaduais (inclusive amargando um jejum de 23 anos na fila), aproveitou. Ganhou vários títulos nacionais e internacionais. Algo que, sem essa parceria obscura, aliada a complacência da CBF e aos comuns erros de arbitragem geralmente omitidos pela imprensa, jamais seria possível. Não em menos de três décadas. O Flamengo, por sua vez, falhou. Culpa das péssimas gestões subsequentes que passaram pela Gávea.
Acontecimentos mais recentes, argumentam fortemente a favor dessa tese: transmissões parciais, comprovadas como desmandos da direção da emissora pelo ex-jornalista do SporTV, Luiz Ademar (tema já tratado aqui anteriormente em outro post); bandeirão da torcida do SCCP patrocinado e confeccionado pelo Canal Premiere, do grupo da Rede Globo; elevada quantidade de manchetes e matérias tendenciosas, visando gerar crise no clube, seja entre jogadores, diretoria, torcida e/ou comissão técnica; baixa quantidade de jogos transmitidos para TV aberta e fechada (excetuando-se o pacote pago Premiere) quando comparada ao rival; ausência de matérias de jornalismo investigativo sobre, por exemplo, a construção da Arena e o patrocínio master no uniforme da estatal e quebrada financeiramente Caixa Econômica Federal; dentre outros itens menos relevantes.
Do outro lado, o Palmeiras vive um momento de bonança. Há cinco anos atrás, o cenário do presente século era muito diferente. Preterido por jogadores, política interna caótica, dois rebaixamentos, escassez de títulos, aumento de dívidas... um gigante adormecido. Os componentes dessa virada: modelo de gestão de Paulo Nobre, profissionalização do departamento de futebol (Brunoro e, agora, Mattos), Allianz Parque sempre lotado e com maior ticket médio dentre os clubes sulamericanos, programa sócio torcedor eficiente e abraçado pela torcida, maior patrocinador master do país (e de empresa privada), melhor elenco do futebol brasileiro, e, consequentemente, títulos (Copa do Brasil 2015, Brasileiro 2016).
Resumidamente: independência financeira! E isso é tudo que a Rede Globo não quer para um clube de futebol.
Assim, chegou a hora de ser pioneiro mais uma vez, Palmeiras! Hora de enfrentar o sistema. Hora de ter coragem. Saber que será prejudicado pontualmente sim (e preparem seus estômagos, vai ficar pior), mas por algo maior, pela independência do futebol brasileiro. Para servir de exemplo daqui alguns anos.
A hora é agora, você pode Palmeiras, acredite! Você ressurgiu. Você é gigante! Avanti Palestra!

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