19 anos depois...

Era início de noite de um sábado, em 12 de junho de 1993. Tinha apenas dez anos e nunca havia visto o meu Palmeiras ser campeão (aliás, o jejum já durava 17 longos e dolorosos anos). Na sala da casa de meus pais, abarrotada de parentes palmeirenses apaixonados, vi Evair converter o pênalti, na prorrogação (4 a 0), que nos deu o título paulista sobre o arquirrival. Quando a bola entrou e todos os presentes explodiram em comemoração e euforia, minha reação impensada foi correr de felicidade. Me isolei no canto do meu quarto, onde sozinho e ajoelhado, derramei minha primeira lágrima desportiva. Via o Palmeiras ser campeão pela primeira vez, e contra o maior rival. Marcante. Emocionante. Lembro-me como se fosse ontem.
Eram apenas as primeiras emoções que a década de 90 reservava para um dos maiores clássicos do planeta bola: Palmeiras e SCCP. Naquele mesmo ano (1993), o Palmeiras ainda conquistaria, sobre o rival alvinegro, os títulos do tradicional Torneio Rio-São Paulo (2 a 0, dois gols do animal Edmundo) e do Campeonato Brasileiro, nosso Hepta (3 x 1 e 1 x 1 com atuação de gala do craque Rivaldo).
Ainda tivemos duas vitórias em jogos eliminatórios de Libertadores (1999 e 2000), ambos nos pênaltis; episódios que sacramentaram o apelido de Santo para o ídolo e goleiro Marcos. O rival ainda venceu as finais do Paulista em 95 e 99. Quantas emoções!
Ao longo da história, em jogos decisivos de todas as competições, ampla vantagem para o Palmeiras: 22 a 8. Se considerarmos apenas campeonatos mais importantes (Paulista e Brasileiro), a vantagem diminui, mas ainda é soberana: 6 a 3 para o alviverde.
No próximo domingo, dia 08 de abril de 2018, o Dérbi definirá mais um título Paulista. A rivalidade é tão grande que a Libertadores, a menina dos olhos dos times brasileiros, ficou em segundo plano na semana dos jogos finais do Paulista. Sim, o Palmeiras, inclusive, poupou alguns titulares na principal competição continental, pensando no último e decisivo jogo deste domingo no Allianz Parque.
Uma geração inteira de palmeirenses irá sentir, pela primeira vez, o que é decidir um título contra o arquirrival. O primeiro jogo, vencido pelos alviverdes no municipal de Itaquera, já deu indícios da tensão que envolve o confronto: muitas faltas, cartões, empurra empurra e expulsões. Ambiente peculiar para tamanha rivalidade. Não dá para explicar, apenas vivenciar.
Quase duas décadas se passaram... estamos a um empate da taça.. será em nossa arena, com 40 mil palestrinos presentes em corpo e mais 16 milhões em vibrações.. e eu estarei lá! Presente para minha primeira decisão entre Palmeiras e SCCP no estádio. Preparado para derramar mais uma lágrima. Oxalá, de alegria!
Avanti Palestra, É DIA OITO!

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