Saudades do Marcelinho...

Revolta. Desânimo. Inconformismo. Confesso, tive que esperar alguns dias para os sentimentos originados no último domingo serem atenuados, a fim de conseguir rascunhar algumas palavras para este blog.
Não foi futebol o que vimos acontecer no Derby. O futebol é um esporte com regras. E, na final do Campeonato Paulista, estas foram ignoradas, rasgadas e sapateadas pela arbitragem da partida. Tudo sob o selo de aprovação da Federação Paulista de Futebol. Obedecendo aos mandos e desmandos da Rede Globo de Televisão.
Um nítido recado foi dado aos clubes do futebol nacional: todos podem sim, democraticamente, pelas leis do mercantilismo, vender seus direitos de transmissão ao grupo/emissora que melhor atender suas necessidades momentâneas; mas isso terá um alto preço. Para o Palmeiras, hoje, custou um título estadual.
Sobre o jogo... o Palmeiras poderia, e até deveria, ter apresentado um melhor futebol, pela diferença técnica dos times... o SCCP fez um gol no primeiro lance e mostrou eficiência defensiva... tivemos lances polêmicos, com três possíveis penalidades para o time alviverde: puxão de Henrique em Borja no primeiro tempo (eu marcaria), bola na mão de Henrique no final do jogo (eu não marcaria) e a infortúnio lance entre Ralf e Dudu. Eu marcaria falta, sem pestanejar, assim como fez o árbitro da partida. Mas entendo opiniões contrárias.
O erro, apesar de estar sempre a serviço do mesmo time no clássico, é intrínseco ao jogo. Se foi ou não. Se marcou ou não a penalidade. Se estava ou não impedido. Isso sempre será a discussão pós-jogo. Mas marcar a infração de penalidade e voltar atrás, após 8 minutos de pressão adversária e com claríssima interferência externa (quarto e quinto árbitros), não é um erro comum, de jogo. É inadmissível. É ganhar a qualquer custo. Mais que isso, é mostrar força de bastidores e parcialidade, sem nenhum pudor ou receio.
Não vou discutir com as imagens. A interferência é indubitável. Tão evidente quanto o fato de já sabermos que não vai acontecer nada. Irão dizer que nada foi comprovado. Óbvio, os que deveriam ser isentos (FPF) e julgar o caso, são parte imprescindível do sistema. Já até soltaram nota aprovando com louvor a arbitragem do clássico. Outro recado aliás, este para os demais árbitros: na dúvida, já sabem para quem apitar, pois terão nosso suporte, a anuência de quem escala.
Em outro pilar do tripé, a grande responsável pelo esquema (RGT), manipula a informação por meio de seus repórteres e apresentadores, oculta imagens desfavoráveis, desvia o foco para os altos investimentos do clube e sua obrigatoriedade de conquistas. Enfim, o plano beira a perfeição.
Antes inimaginável, essa semana senti saudade do 'pombo sem asa' de Elivelton (95), do gol de falta do Marcelinho Carioca (97), das embaixadinhas do Edilson (99).. lances crucias de finais que perdemos para o rival... dentro de campo. Onde o sentimento preponderante era apenas o de tristeza pelo título perdido.
No momento presente, minha sincera vontade é de desistir do futebol, não assistir mais, muito menos me envolver. Porém, minha paixão pelo Palmeiras impede tal desfecho. Ademais, o sentimento de luta a favor do futebol brasileiro, contra esse monopólio ditatorial de comunicação e todos seus tentáculos, me impulsiona a resistir.
A guerra, antes velada, está declarada! Avanti Palmeiras! Nós, os torcedores, estaremos do seu lado nesta árdua batalha. Até o fim, custe o que custar! E obrigado Palmeiras. Sua história limpa nos orgulha de vestir o manto palestrino.

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