Técnico por um dia

Quatorze de maio de 2018. No dia que completa 35 anos, o treinador da Seleção Brasileira, Tiago Prato, anuncia a lista dos 23 convocados para a Copa do Mundo da Rússia. São eles:
Goleiros: Alisson (Roma)*, Vanderlei (Santos) e Fernando Prass (Palmeiras).
Laterais: Danilo (M. City)*, Rafinha (Bayern M), Marcelo (Real Madrid)* e Alecssandro (Juventus)
Zagueiros: Thiago Silva (PSG)*, Miranda (Internazionalle)*, Marquinhos (PSG) e Geromel (Grêmio).
Meio Campo: Casemiro (Real Madrid)*, Paulinho (Barcelona)*, Coutinho (Barcelona)*, William (Chelsea)*, Renato Augusto (Beijing Guoan), Artur (Grêmio) e Giuliano (Fenerbahçe).
Atacantes: Neymar (PSG)*, Gabriel Jesus (M. City)*, Douglas Costa (Juventus), Firmino (Liverpool) e Luan (Grêmio).
Vou concentrar minhas justificativas e explicações pelas escolhas, nas ausências em relação ao grupo de Tite e respectivos substitutos de minhas confiança.
Vanderlei foi o melhor goleiro do Brasil em 2017, disparado. Sem mídia e sem empresário forte, perdeu vaga para Cássio, amigo pessoal de Tite, um bom goleiro, mas não um selecionável.
Fernando Prass talvez seja o nome mais contestável em minha pseudo convocação. Como terceiro goleiro, o levaria para compor elenco, como uma recompensa ao atleta que perdeu a Olimpíada numa infeliz lesão de véspera (em 2016, era o melhor goleiro do Brasil, com sobras). Além disso, saberia que, caso precisasse, é um baita goleiro e profissional fora de série. E um adendo simples, porém, significante: nunca ganhamos uma Copa sem um jogador do Palmeiras entre os convocados. Prefiro me garantir.
Em relação a Fágner, além de ser um lateral comum, sua conduta antidesportiva e corriqueiras entradas violentas e desnecessárias, o desqualificariam para qualquer chance na seleção.
Na ausência de Daniel Alves, um dos melhores do mundo na posição, Rafinha e Danilo estariam em iguais condições. Rafinha é mais experiente; Danilo está com melhor ritmo de jogo.
As ausências de Fred e Taison são por motivos semelhantes: jogadores medianos e sem nenhum brilho na Europa ou na própria seleção, que só estão na lista de Tite porque o empresário deles tem ligação com o atual treinador canarinho. Uma atitude lamentável, censurável e até hipócrita, diante dos constantes discursos de caráter e idoneidade de Tite, o anti inimigo da CBF.
Artur e Luan, por sua vez, são destaques no time que melhor joga futebol no Brasil desde o ano passado (Grêmio), campeões da Libertadores; o primeiro, com venda encaminhada para o Barcelona, e o segundo, considerado o melhor jogador das Américas. Indubitavelmente mais jogadores e merecedores das vagas que os citados anteriormente, o que corrobora para as justificativas apresentadas anteriormente.
Por último, Giuliano no lugar de Fernandinho. Sempre gostei do toque de bola, visão de jogo e ótima chegada do ex-gremista, e quando testado, fez ótima partidas pelas seleção. Contra Fernandinho, que vive uma boa fase no City, não vejo como uma convocação equivocada, mas entendo que já teve algumas oportunidades e fraquejou.
A lista de Tite é boa. Tite é, merecidamente, o técnico da Seleção Brasileira. Porém, por detrás do discurso ensaiado, belo e incontestado pela imprensa, poderia haver treinador mais ético, menos hipócrita e "menos do mesmo".
Sobre minha lista, claro, não precisam concordar. Como brasileiros, todos somos atacantes goleadores, zagueiros de fibra, meias habilidosos e técnicos inteligentes, quando opinamos sobre futebol. Somos uma pátria de chuteiras! Abraço.

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