Torcida que Canta e Vibra!

Turbulência.
A derrota para o Cruzeiro no Mineirão ontem mergulhou o Palmeiras em sua pior crise no ano. Num campeonato de pontos corridos, perder para um candidato ao título fora de casa não é o fim do mundo (estava até no planejamento que fiz em um texto anterior para a conquista do Deca).
A instabilidade momentânea, no entanto, é fruto de uma soma de fatores.
Primeiro, a sequência de resultados. O sufoco desnecessário para eliminar, com um empate, o limitado América/MG em casa e a derrota para o Sport, também no Allianz, um adversário que a maioria dos postulantes ao título vencerá em seus domínios, não estavam previstos.
Segundo, o time vive, de fato, um mau momento. Alguns jogadores estão rendendo abaixo de suas capacidades normais. Lucas Lima e Dudu, principais jogadores do time, ainda não produziram o máximo que podem dar em campo. Moisés e Guerra passam mais tempo no departamento médico que no gramado. Borja, que vivia seu melhor momento no clube, serve a seleção. Nossa zaga segue sem uma regularidade constante. Os laterais, se não comprometem, também não se destacam como faziam ofensivamente em seus antigos clubes. Keno, Felipe Mello e Jailson, os melhores do time até aqui no ano, têm cometido erros infantis nos últimos jogos.
Terceiro, e principal aspecto, a torcida está impaciente em demasia. Na conquista do Enea (2016), ganhamos um título brasileiro após 22 anos contra tudo e contra todos, numa união incrível entre jogadores e torcida. Fomos fundamentais. Fomos pacientes. Acreditamos. Um tropeço era motivação suficiente para aumentarmos ainda mais o apoio incondicional ao time. Aeroportos pelo país, centros de treinamentos e estádios foram testemunhas dessa comunhão. Sofremos juntos, vencemos juntos! Desde então, com a chegada de novos reforços no elenco em 2017 e 2018, nos tornamos favoritos para a imprensa e, inexplicavelmente, o apoio transformou-se em cobrança, na obrigação de ser campeão. Não há mais paz para se trabalhar no Palmeiras. Trocamos 4 vezes de técnico desde então e pasmem, boa parte da torcida clama por uma nova mudança.
Caro palestrino, apaixonado e corneteiro de nascimento, o futebol não é matemática. Investir e ter o melhor time, não quer dizer, automaticamente, vencer sempre. Significa sim, que temos chances reais de levantar todos os canecos. E sabe qual é o ingrediente imprescindível para potencializar essas possibilidades? Você palmeirense!

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